segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ta, tipo...
A Bar é uma celebridade, ne...
Nao fiquem espalhando...
Porque ai fica foda, ne...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O namorado latino da Bar Refaeli

Esta não é uma história real. Esta união, ainda, não ocorreu, mas na minha imaginação poderia ter rolado algo. Hoje, Ele tem 31 anos. Ela, 28. Os heróis, realmente, existem. O caso de amor, não. 
O primeiro encontro poderia ter acontecido em 2001. O nosso herói vinha a Israel pela primeira vez, com 18 anos, faria 19 em 6 de novembro. Ela tinha 14. Completou 15, em 4 de junho. Um escorpião com uma geminiana. Segundo o portal Terra, "Esta não é uma combinação fácil, já que Escorpião é um signo denso e introspectivo, totalmente oposto a Gêmeos, signo aéreo, leve e descontraído".

Mas, os opostos se atraem. Por que ele não iria aparecer de penetra no baile de debutantes? Ou se encontrariam na rodoviária de Tel Aviv? Ela, novinha, ficaria interessada no idioma diferente, no sotaque estranho ao falar hebraico. Ele, na loirinha. "El Corazon" bateria "fuerte". 

Na verdade, ele estava no Kibutz Yotvata, há 13 anos. Então, uma viagem dela com amigas para Eilat, típica de adolescentes no verão, era tudo o que o destino precisava.  Mas, eu não imagino que o primeiro, e fatal, encontro foi em 2001.

Realmente acredito que rolou na noite de Silvester (reveillon) de 2004/2005. Recém chegado a Israel, em definitivo, buscou companhia para celebrar a virada do ano. Algum imigrante avisou de uma festa próxima a Kfar Saba, onde estavam, e, por coincidência, vivem muitos sulamericanos. 

Chegaram animados para a tal "Festa Latina". Ele foi logo pegar a primeira cerveja. Nas caixas de som, cumbias e outros ritmos familiares. Primeiro choque cultural: a cerveja não estava "fria", nem mesmo guardada na geladeira. Gastou seu hebraico, já em bom nível, para externar sua primeira frustração. Os gritos chamaram a atenção de uma loirinha, de 19 anos, ao lado. "Lama ata tzoek", por que tu gritas?, ela pergunta.

A partir daí, veio um monólogo de 15 minutos, explicando como se deve conservar uma cerveja, como deve ser apreciada, etc. Ela o interrompe: Então, pague uma para mim. 

23 horas e 27 minutos, eles sentam à mesinha do local. Ela, com a garrafa de Goldstar. Ele, entorpecido por três "shots" de tequila. Ela se apresenta: Bar. Ele: Fabian. O papo foi rolando. 

Ouvia-se explicações de carnes, cervejas, Israel, vida nova, de um lado. Do outro, ele ficava surpreendido porque ela montava cavalos, desde a infância. Tratava-se de uma mulher que fora casada aos 18 e trabalhava como modelo, desde a infância. Sua mãe havia feito carreira nas passarelas.

Somente um imigrante recém chegado não sabia de quem se tratava. E ela se divertia com isso. Via que todos olhavam para a mesinha onde estavam. Ele, nem aí. Seguia contando sobre Pilsen, Nortena, cervejas uruguaias que gostava. "Hay la Patricia tanbien, hecha con agua Salus"..."Meanien" (Interessante), ela respondia. 

O papo rolava em hebraico. Os dois estavam mesmo entretidos. Minutos depois, contagem regressiva. 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1.....Ela o beija na boca, selinho, e diz: "Happy New Year". Ele ri, não entende. Ela o puxa e vão dançar uma música da Gilda, a rainha da música argentina. Aí, sim, vem a conquista. "Bailando", ele demonstra o sangue latino. Ela se movimenta alegremente, tenta copiar seus passos, mas não consegue. Ingenuamente, sem maldade, ele a agarra pela cintura e faz os movimentos, seguindo a melodia. Então, sentiu o gosto doce da boca dela, lembrando o sorvete da "Fredo", de "Dulce de Leche", com pedaços "Dulce de Leche" dentro. 

A partir daí, pensava nos amigos uruguaios, a quem iria contar por email, o que ocorria, naquele instante. Aliás, o próximo papo profundo dos dois foi meia hora depois sobre sorvetes, alfajores, doces de leite e chivitos. Ela prometeu levá-lo para comer falafel, mas foi corrigida: Shwarma, sem salada,com muita carne, muito hummus, tehina e batata frita "ba´tzad" (do lado). Ela ria muito com ele e também se impressionava. 

Estava frio, caía uma garoa, mas eles caminhavam pela rua. Prometeram se encontrar  novamente, mas nunca mais. Não trocaram telefones. "Eu nem tinha número, ne. Ai, é foda", defende-se, dez anos depois. 

O susto dele veio após um ano, quando realmente descobriu de quem se tratava, ao receber encarte da loja FOX, em Jerusalém, com seu amor de reveillon. 

Fabian Jose Klein nasceu em Montevidéu (Montevideo, ne) no dia 6 de novembro de 1982. Frequentou o movimento juvenil Habonim Dror, morava perto do estádio Centenário e torce pelo Penarol. Veio por um ano a Israel, em 2001, durante o "Shnat Hachshará", programa onde estudou em Jerusalém e viveu no Kibutz Yotvata. Imigrou mesmo, em dezembro de 2004, e passou pelas cidades de Kfar Saba, Jerusalém, Gvat Shmuel, Netanya e Ramat Gan, onde permanece.

Bar Refaeli é Hod HaSharon, 30 minutos acima de Tel Aviv, do lado de Kfar Saba. Sua família ainda vive lá. Trata-se de umas maiores Top Models do mundo.